Agronegócio e holding patrimonial: será que existe alguma relação?

De acordo com o Sebrae e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 90% das empresas do país nasceram da ação de empreendedores que, ao identificar alguma oportunidade, tiraram o negócio próprio do papel, e em sua grande maioria, a partir do trabalho em conjunto com a família. As empresas familiares correspondem a 65% do nosso Produto Interno Bruto (PIB) e são responsáveis por 75% dos empregos. Os números expressivos mostram que esse tipo de holding tem um peso significativo na economia brasileira e isso não significa que seja um caminho mais fácil.

Um dos maiores desafios é pensar em como planejar, da maneira mais adequada possível, o momento de passar o bastão. Um processo sucessório bem feito significa que a empresa pode continuar caminhando e chegar muito mais longe. Um levantamento global de 2018 mostrou que 44% das empresas familiares não têm plano de sucessão. Douglas Duek, CEO da Quist Investimentos e especialista no assunto, conta que ajuda muitas empresas do agronegócio nesse processo, e afirma que a situação exige planejamento com antecedência, investimento na capacitação dos envolvidos, negociação das responsabilidades – antes mesmo da conclusão do processo e aprofundamento sobre o mercado.

Duek aponta que esse tipo de procedimento vem se tornando cada vez mais forte nas organizações do agronegócio, mas faz também um alerta para a importância de o produtor entender que, mesmo atuando como pessoa física, deve se considerar uma empresa, já que seus processos devem ter o mesmo cuidado de uma organização. Agir com informalidade em todas as situações pode criar um ambiente que não contribui para o crescimento. Além disso, é necessário “estudar o assunto, saber o que é uma holding familiar, quais são as formas possíveis de administrá-la e buscar boas equipes, com vasta experiência na área. Para a construção desse novo cenário, é preciso ter em mente também quais as regras serão necessárias para que tudo funcione perfeitamente na empresa, antes, durante e depois da sucessão”, completa.

O especialista, que há 13 anos atua com recuperação judicial, reestruturação de empresas e outras consultorias, explica que o mais essencial ao pensar em sucessão familiar é entender quais são os maiores problemas e como podem acontecer. “faça uma lista de perguntas como ‘e se houver endividamentos?’ e pense estrategicamente em soluções”, destaca. É interessante que todos os participantes relacionem esses problemas e, posteriormente, desenhem regras baseadas neles.

Em geral, as más escolhas ligadas ao tema são frutos da falta de comunicação, conhecimento e acompanhamento. Douglas afirma ainda que, diferente do que normalmente acontece, o fundador não precisa se afastar totalmente da empresa após a sucessão. Ele pode fazer parte de um conselho, o que será muito mais efetivo para quem for o próximo a ocupar o cargo, principalmente nos momentos de tomada de decisão

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Fonte: Jornal Contábil.

Autor:

Leonardo Grandchamp

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